23/04/2025-20h38

Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (22), a Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e a PMA (Polícia Militar Ambiental) atualizaram as informações sobre as buscas pela onça-pintada que teria atacado e matado o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, próximo ao pesqueiro Touro Morto, no Pantanal, na segunda-feira (21).
O corpo da vítima foi encontrado por um guia turístico, que também foi atacado pela onça e sofreu ferimentos no braço. Ele foi socorrido e encaminhado para atendimento médico no município de Miranda. Após o ataque, o animal fugiu para a vegetação densa da região.
Desde então, uma força-tarefa composta por um especialista em captura de animais de grande porte, policiais ambientais e guias locais atua na área para localizar o animal, que será encaminhado ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), onde passará por avaliação e acompanhamento especializado.




O secretário-executivo da Semadesc, Artur Falcette, ressaltou que ataques desse tipo são extremamente incomuns na região. “Estamos diante de um caso muito atípico. Esse não é um comportamento habitual da espécie. A captura do animal é essencial para entendermos o que motivou essa atitude e para que possamos estudar seu comportamento com mais precisão”, explicou.
Falcette informou ainda que a onça-pintada teria retornado à sede da fazenda na noite anterior, o que levou as equipes a concentrarem os esforços de captura nas imediações da residência.
Nesta quarta-feira (23), as câmeras de segurança instaladas no local, além de vídeos e fotos que registram a rotina dos animais nas proximidades da sede, serão encaminhadas para perícia. O material pode ajudar a esclarecer o comportamento da onça-pintada e fornecer pistas sobre os momentos que antecederam o ataque. A expectativa é de que os primeiros resultados da análise estejam disponíveis nos próximos dias.
“Uma das poucas certezas até o momento é a de que havia oferta de alimento, conhecido como ceva, para atrair animais silvestres no local. A prática, além de configurar crime ambiental, é extremamente perigosa, pois pode provocar alterações no comportamento natural dos animais, destacou o coronel José Carlos Rodrigues, comandante da Polícia Militar Ambiental.


Os especialistas reforçam que não há motivo para pânico e que todas as medidas de segurança estão sendo adotadas. As equipes permanecem na região, atuando de forma cuidadosa e coordenada para garantir a proteção da população e o manejo adequado do animal.
Evelyn Souza, Comunicação Governo de MS
Fotos: Álvaro Rezende/Secom