26/06/2022-07h38
A produtividade estimada para a safra é de 78,13 sacas por hectare e a expectativa de produção é de 9,34 milhões de toneladas.
A colheita do milho em Mato Grosso do Sul começou a ser realizada de forma precoce neste mês de junho, diferente do que foi no ano anterior, esta mudança deve evitar impactos causados pelas possíveis geadas prevista para julho.
Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) a região norte do Estado está com este processo mais avançado, com média de 1,7% da safra colhida. No sul a média é 0,5%, e na região central apresenta 0,1%.
Se comparado com a safra de 2021, em um recorte até o dia 17 de junho, a porcentagem de área colhida até o momento está 0,6 pontos percentuais acima. Os técnicos do projeto Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio de Mato Grosso do Sul (Siga/MS) estimam que a área colhida no estado até agora é de aproximadamente 11.900 hectares.
Em pesquisa realizada pela Aprosoja, no inicio deste mês de junho, foi constatado que as lavouras que apresentam boas condições correspondem a 82,2%, enquanto aquelas em condições regulares somam 11,6%, e as consideradas em condições ruins representam 6,2%.
Previsões do tempo
Apesar da produtividade estimada para a safra ser de 78,13 sacas por hectare e a expectativa de produção girar em torno de 9,34 milhões de toneladas. Está previsão depende da situação do tempo para se concretizar.
Se acaso ocorrer geada na região sul até a primeira quinzena de julho, esta projeção pode ser alterada, conforme explica coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta.
“A partir do dia 15 de julho, eliminamos o risco de perdas na produção, porque depois desse período, a cultura já está bem desenvolvida e a geada não representa riscos significativos de perdas”, disse Gabriel.
Conforme as informações do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima do Estado do Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), entre os dias 20 de junho e 06 de julho, a probabilidade de chuva é baixa para a maior parte do Estado, exceto na região Leste e no extremo Sul, onde são esperados acumulados de até 5 milímetros.
A meteorologista do Cemtec, Valesca Fernandes, ressalta que há previsão de baixas temperaturas para o mês de julho.
“Climatologicamente, é esperada a atuação de massas de ar frio no inverno que podem favorecer a ocorrência de geadas. Mas isso precisa ser monitorado, baseado no sistema SISDAGRO [Sistema de Suporte à Decisão na Agropecuária] do INMET, que só é previsto três dias antes da possível ocorrência”, finaliza.