O Governo do Estado, por meio de sua Fundação de Cultura (FCMS), retomou este ano a realização dos Festivais América do Sul Pantanal, em Corumbá, Festival de Inverno de Bonito, depois de dois anos sem realização por conta da pandemia, e consolidou a realização do 2º Festival Campão Cultural, na Capital, Campo Grande, com grande sucesso de público e programação cultural diversa, para todos os gostos.
Cartão Postal de entrada para o Pantanal, Corumbá recebeu novamente a integração cultural dos povos do continente. O Festival América do Sul Pantanal uniu pela arte, gastronomia e inclusão pessoas de idiomas e costumes diversos, mas de muitas virtudes em comum. Realizado de 26 a 29 de maio de 2022, na décima sexta edição do evento, a programação contou com apresentações musicais em dois palcos especiais: Integração, onde ocorrem os maiores espetáculos e Palco Rio Paraguai, com um som mais “intimista”. Michel Teló, Atitude 67, Mart’nália, Margareth Menezes, Monobloco Marcelo D2 agitaram o público junto a músicos de nosso Estado e de outros países sul-americanos. Uma programação plural, definitivamente para todos os gostos.
Apresentações de grupos teatrais, circenses e de dança sul-mato-grossenses tiveram a companhia de grupos de outros Estados do País, além da Colômbia, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. As tradicionais exposições de Artes Visuais e a Galeria do MARCO revelaram muito sobre nossa cultura e, claro, também abriram espaço para as inspirações e a criatividade de artistas regionais e nacionais de diferentes perfis. A Tenda dos Saberes Indígenas foi uma excelente oportunidade também de vivenciar experiências de destaque da cultura indígena, como espaços para moda, artesanato e gastronomia.
O Pavilhão dos Países recebeu as plurais inspirações de artesãos sul-mato-grossenses e de artistas da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. O Quebra-Torto Pantaneiro teve seu jeito multicultural pela própria diversidade que acolhe. Música, contação de causos, lançamentos editoriais e debates em um espaço de grande beleza. Tudo isso com o gosto da culinária regional e sua deliciosa fartura.
O Quebra-Torto foi uma das atrações do Festival América do Sul Pantanal neste ano
Neste ano de 2022, comemorou-se o ‘Centenário da Semana de Arte Moderna”. Foram homenageados a artista visual Lídia Baís e o escritor Lobivar de Matos. A Cultura de Rua esteve presente com a Mostra Rua – Intervenção de rua – LGBTQIA+, intervenção com graffiti, batalha do porto. O Cinema teve sessões na Mostra Instituto Homem Pantaneiro, além das sessões de cinema no Cine Solar.
Foi uma celebração continental: uma oportunidade de enaltecer nossas identidades culturais e a união de nações com trajetórias muito próximas. O Festival América do Sul Pantanal promoveu encontros que valorizaram a diversidade cultural do continente, a criação e fruição de riquezas, o intercâmbio, a revelação de experiências e debates de temas relativos à cultura, à cidadania, ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável.
Promovendo a integração e encontros territoriais em “um mergulho no imaginário”, colocando a religiosidade local e suas crenças e a natureza como pano de fundo, a 21ª edição do Festival de Inverno de Bonito (FIB) promoveu 122 atividades culturais e foi um sucesso de público e fluxo econômico, com estimativa de 80 mil pessoas circulando em quatro dias – 25 a 28 de agosto de 2022 – pelos espaços onde ocorreram as múltiplas atividades.
Com grandes atrações do teatro e do circo, shows nacionais de Daniel, Gaby Amarantos, Vanessa da Mata e banda Ira! e a presença também de estrelas da nova geração do rap, MPB e rock, como Brô MC’s, Majur, Rincon Sapiência e Macaco Bong, o FIB consolida-se como “um dos melhores festivais do Brasil”. “Cumprimos nossa missão, enquanto governo, ao dar continuidade a esse projeto que reúne todas as vertentes da nossa cultura, promove o entretenimento e movimenta a economia”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja. “Depois de dois anos, retomamos um festival com uma nova roupagem, mais plural, em que todo a comunidade decidiu sua modelagem”.
Para o secretário estadual de Cidadania e Cultura, Eduardo Romero, o FIB 2022 foi muito inspirador, com participação expressiva do público – comunidade local e turistas – e fluidez e integração de todas as linguagens artísticas, com as pessoas ocupando as praças, o balneário municipal e outros locais de eventos. “Tudo isso demonstra que a cultura é o caminho a ser trilhado em direção a humanização, a uma sociedade mais democrática”, pontua.
O diretor-presidente da Fundação de Cultura de MS, Gustavo de Arruda Castelo (Cegonha), classifica como “extremamente positiva” a 21ª edição do FIB, considerando a mudança de data e sua retomada depois de dois anos, devido à pandemia do coronavírus. “Agosto é um mês de baixa temporada do turismo em Bonito e o festival atraiu mais visitantes, com uma programação também diferenciada, onde debatemos o futuro da cultura e experimentamos novas ações”, avalia.
Na avaliação do coordenador-geral do FIB, Vitor Samudio, o festival ganhou uma nova dimensão e se consolida no cenário nacional não apenas no aspecto cultural, mas por construir e promover a cadeia produtiva, onde todos ganham. “O FIB agrega cultura, o turismo, traz dividendos à economia local e, nesta edição, a cidade de Bonito foi tomada pelos turistas com a rede hoteleira lotada. O envolvimento do público também foi intenso, houve demanda de consumo, as pessoas felizes”, disse.
Já o Festival Campão Cultural movimentou a capital sul-mato-grossense de 8 a 15 de outubro com a sua segunda edição. Durante os oito dias com uma programação intensa, recheada com 211 atividades, o festival atraiu 97.510 espectadores nos diversos espaços que ocupou em Campo Grande. Totalmente gratuito, o “Campão” ofereceu a todas as faixas etárias da população 17 horas diárias de atividades em 19 áreas da cultura, diversidade e cidadania, entre elas, 37 oficinas.
“Esta segunda edição reafirma e consolida o ‘Campão’ como o maior festival de arte, cultura, cidadania e diversidade de Mato Grosso do Sul. Não só pela duração dos oito dias e os números excelentes que o festival alcançou com suas 211 atividades, mas porque ele se consolida pela sinergia de todas essas atividades, de toda essa proposta, pelo fato de descentralizar as atividades da cultura e cidadania, oportunizando acesso a todas as pessoas, levando as atividades paras as comunidades, trazendo as comunidades para as ações da região central”, afirmou Eduardo Romero, secretário de Cidadania e Cultura de Mato Grosso do Sul.
De acordo com o secretário, a segunda edição do festival em 2022 conseguiu apresentar uma programação que atendeu uma variedade significativa do público, que aprovou o evento comparecendo as atividades e a prova é a marca de praticamente 100 mil espectadores. Na primeira edição, que teve uma semana a mais que a de 2022, o público foi de 80 mil pessoas. “Este ano a programação do ‘Campão’ envolveu crianças, jovens, adolescentes, adultos e idosos com ações para todos os gostos. O ‘Campão’ integrou as pessoas com deficiência por meio da interpretação de libras, dos espaços reservados pra que essas pessoas pudessem ter acesso a esses shows e isso tudo integrando a família sul-mato-grossense. O festival também integrou a cultura regional com a nacional e proporcionou trocas de experiências. O ‘Campão’ não é festival apenas dos eventos do grande palco. Ele é a roda de conversa, ele é a feira da música, ele é o espaço pro artesanato, pra moda, pro audiovisual, as intervenções urbanas na cidade. O ‘Campão’ traz esse jeito sul-mato-grossense de ser, o jeito da mistura, da multiculturalidade”, ressalta Romero.
O “Campão Cultural” também contribuiu para a economia criativa de Mato Grosso do Sul empregando 800 trabalhadores diretos e cinco mil indiretos. O festival, além de locais populares da área central de Campo Grande, como as praças do Rádio Clube e Ary Coelho e o Calçadão da Barão, esteve presente nos bairros Jardim Noroeste, Dom Antônio Barbosa, Santa Emília e Coophatrabalho, além de ocupar espaços como a Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas, o Memorial Apolônio de Carvalho e lugares como a sede da CUFA e casas noturnas como Garagi e Vitrine. Na Esplanada Ferroviária aconteceram os grandes shows, a Feira da Música, a Feira dos Saberes, várias oficinas e aonde público tinha a disposição uma praça de alimentação e estandes de artesanato.
Para o presidente da Fundação de Cultura de MS, Gustavo Arruda, o Cegonha, a segunda edição do “Campão Cultural” veio pra consolidar o festival como um dos mais importantes do País. “O ‘Campão’ apresentou em 2022 uma programação diversa e descentralizada, fazendo com que o acesso à cultura cheguasse aos moradores dos bairros mais afastados do centro. O público aprovou o festival, pois atingimos um público de mais de 97 mil pesso
as com uma programação extensa, foram 17 horas diárias de programação. Tivemos shows, feiras, teatro, dança, cultura de rua, oficinas, patrimônio cultural e gastronomia em uma programação que espelhou a diversidade cultural que nosso Estado tem. O ‘Campão’ acolhe tanto o campo-grandense quanto o turista. Sem dúvida que o ‘Campão’ veio pra ficar”, ressaltou Gustavo Arruda, o Cegonha.
Segundo o coordenador geral do Festival, Vitor Samúdio, o “Campão Cultural” atingiu o objetivo traçado para a segunda edição. “Nosso maior objetivo era levar a cultura para os quatro cantos da cidade. A equipe foi extremamente competente nesse quesito, desde a programação até a produção dos espetáculos, shows, feiras e oficinas. Foram dias intensos com uma grande programação para todos os públicos. O ‘Campão’ realmente veio pra ficar e acreditamos que ele já faz parte do calendário de grandes eventos do nosso Estado, como os festivais Corumbá e Bonito”.
O “Campão Cultural” foi criado em novembro de 2021 e consolida-se nesta segunda edição como o maior festival multicultural de Mato Grosso do Sul. O novo festival junta-se aos já tradicionais realizados em Bonito e Corumbá, desde o início dos anos 2000. O “Campão” conquistou a adesão da população, que compareceu em peso na segunda edição, atingindo públicos de até 15 mil pessoas nos shows musicais na Esplanada Ferroviária. O caçula dos festivais sul-mato-grossenses chegou para ficar.