Decisão do TSE deixou Jair Bolsonaro inelegível até 2030, por abuso de poder
03/06/2023-21h42
Ao menos até a tarde desta segunda-feira (3), dos deputados federais bolsonaristas de Mato Grosso do Sul doutor Luiz Ovando, do PP, era o único entre os três congressistas que havia assinado o projeto que intenciona perdoar Jair Bolsonaro, do PL, na decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que, na semana passada, deixou o ex-presidente inelegível até 2030.
Resta assinar os também seguidores do ex-presidente, os deputados Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, ambos do PL.
Abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação tirou o ex-presidente dos pleitos municipais, em 2023, e nacionais, em 2026.
“Assinar o projeto de anistia é um passo importante para corrigir injustiças e defender os valores conservadores em busca de um ambiente político justo e equilibrado”, pronunciou Ovando.
Na quinta-feira, 6, depurados federais do PL devem promover uma reunião para debater o andamento do projeto na Câmara.
Pelo publicado em rede social pela deputada federal Bia Kicis, do PL de Brasília, ela contabiliza 66 assinaturas de seguidores do ex que haviam assinado o documento.
“Protocolamos um projeto de lei para anistiar o ex-presidente @jairbolsonaro e todos os condenados por ilícitos civis eleitorais desde 2016 até a data de entrada em vigor da lei”, escreveu a parlamentar.
Por maioria de votos (5 a 2), o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou a inelegibilidade do ex-presidente da República Jair Bolsonaro por oito anos, contados a partir das Eleições 2022.
Ficou reconhecida a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho do ano passado.
Walter Braga Netto, que compôs a chapa de Bolsonaro à reeleição, foi excluído da sanção, uma vez que não ficou demonstrada sua responsabilidade na conduta.
QUEREM ANISTIA
Na relação pela anistia de Bolsonaro aparece nomes de parlamentares de siglas que integra o governo de Lula, como do MDB, União Brasil e PSD.
OS BOLSONARISTAS
Sanderson (PL-RS)
Abilio Brunini (PL-MT)
Alfredo Gaspar (União-AL)
Amalia Barros (PL-MT)
André Fernandes (PL-CE)
Hélio Lopes (PL-RJ)
José Medeiros (PL-MT)
Júlia Zanatta (PL-SC)
Junio Amaral (PL-MG)
Luiz Lima (PL-RJ)
Bia Kicis (PL-DF)
Bibo Nunes (PL-RS)
Capitão Alberto Neto (PL-AM)
Capitão Alden (PL-BA)
Capitão Augusto (PL-SP)
Carlos Jordy (PL-RJ)
Chris Tonietto (PL-RJ)
Coronel Assis (União-MT)
Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
Coronel Fernanda (PL-MT)
Coronel Telhada (PP-SP)
Coronel Ulysses (União-AC)
Daniela Reinehr (PL-SC)
Delegado Caveira (PL-PA)
Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
Delegado Ramagem (PL-RJ)
Diego Garcia (Republicanos-PR)
Dr. Ovando (PP-MS)
Dr. Frederico (Patriota-MG)
Evair de Melo (PP-ES)
Felipe Francischini (União-PR)
Fernando Rodolfo (PL-PE)
Filipe Barros (PL-PR)
General Girão (PL-RN)
General Pazuello (PL-RJ)
Gilberto Silva (PL-PB)
Gilvan da Federal (PL-ES)
Giovani Cherini (PL-RS)
Gustavo Gayer (PL-GO)
Luiz Phillipe (PL-RJ)
Marcelo A. Antônio (PL-MG)
Marcelo Moraes (PL-RS)
Mário Frias (PL-SP)
Maurício do Vôlei (PL-MG)
Maurício Marcon (Podemos-RS)
Nikolas Ferreira (PL-MG)
Osmar Terra (MDB-RS)
Otoni de Paula (MDB-RJ)
Pedro Lupion (PP-PR)
Pedro Westphalen (PP-RS)
Pezenti (MDB-SC)
Pastor Marco Feliciano (PL-SP)
Reinhold Stephanes Júnior (PSD-PR)
Rodrigo Valadares (União-SE)
Rosangela Moro (União-SP)
Sargento Fahrur (PSD-PR)
Sargento Gonçalves (PL-RN)
Zé Victor (PL-MG)
Coronel Zucco (PL-RS)
Silvia Cristina (PL-RO)
Silvia Waiapi (PL-AP)
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
Thiago Flores (MDB-RO)
Vermelho (PL-PR)
Vicentinho Júnior (PP-TO)
Zé Trovão (PL-SC)
Fonte: Correio do Estado