Home / Noticias / STF defende Barroso após ataque de Bolsonaro: “Decisões seguem a Constituição”
Mosaico ministros do STF | divulgação

STF defende Barroso após ataque de Bolsonaro: “Decisões seguem a Constituição”

Presidente Bolsonaro criticou o ministro após Barroso decidir na última quinta (8) abertura de CPI que atinge governo federal

09 abril 2021- 13h55

Mosaico ministros do STF | divulgação
Mosaico ministros do STF | divulgação

Em nota institucional, e sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ou do ministro Luís Roberto Barroso, o Supremo Tribunal Federal ( STF ) defendeu nesta sexta-feira (9) a decisão que determinou a instalação da CPI da Pandemia no Senado.

O ministro Marco Aurélio Mello também viu como acertada a decisão do colega Luís Roberto Barroso de mandar instalar a comissão parlamentar de inquérito, uma vez que ela teve o número mínimo de assinaturas no Senado para poder ser criada.

A respeito das críticas do presidente Jair Bolsonaro a Barroso em razão dessa decisão, Marco Aurélio disse que é hora de deixar a retórica de lado e de arregaçar as mangas.

“O Supremo Tribunal Federal reitera que os ministros que compõem a Corte tomam decisões conforme a Constituição e as leis e que, dentro do estado democrático de direito, questionamentos a elas devem ser feitos nas vias recursais próprias, contribuindo para que o espírito republicano prevaleça em nosso país”, diz trecho da nota do STF.

“Comissão parlamentar de inquérito é instrumental ao alcance da minoria, e não apenas da maioria. E aí evidentemente se tem um terço de assinaturas. Não dá para sentar em cima”, disse Marco Aurélio.

Para uma CPI ser instalada no Senado, é preciso ter um terço de assinaturas, ou seja, o apoio de 27 dos 81 senadores. A oposição conseguiu 31, mas o presidente do Senado , Rodrigo Pacheco (DEM-MG), vinha resistindo em instalá-la. O objetivo da CPI é investigar se o governo Jair Bolsonaro cometeu omissões no combate à pandemia do novo coronavírus.

No Twitter, o presidente da República publicou pronunciamento em frente ao “cercadinho” da alvorada, onde criticou Barroso: “Falta-lhe coragem moral e sobra-lhe imprópria militância política”.

 

Fonte: Portal iG