O fluxo de pacientes que buscam atendimento médico no Hospital Regional de Ponta Porã aumentou consideravelmente nos últimos dias e pode ser comparado a meses mais críticos da pandemia da Covid 19, a informação é do Diretor do Hospital Regional de Ponta Porã Drº Demetrius do Lago Pareja em entrevista ao Programa e site Tereré Com Notícias ao jornalista Otaviano Cardoso.
Em cenário crítico provocado pela pandemia da covid-19, que fazem superlotar leitos hospitalares, a situação é preocupante pois parece que o comportamento da maioria das pessoas é como que a pandemia estivesse controlada ou acabada, diz o médico Drº Demetrius. “Estamos com 100 % de ocupação dos 30 leitos de UTI há mais de 2 meses e hoje com 7 pacientes internados na Clínica Médica e que precisam de UTI e não temos vagas e pior não encontramos vagas em Dourados ou Campo Grande e nem em outros municípios que dispõe de leitos de UTI, mas não é só pacientes para a terapia intensiva, temos superlotação na Clínica Médica com 6 pacientes aguardando transferência para UTI e até a ala verde está superlotada com pacientes em maca e cadeiras improvisadas que precisam de vagas na Clínica Medica e não tem” disse o médico Drº Demetrius Pareja
Segundo Boletim da Secretaria de Estado de Saúde a região de Dourados, por exemplo, registrou ontem maior quantidade (39) de pacientes na fila por leito de terapia intensiva, já que está há dois meses operando com 100% de ocupação. Ainda segundo a SES (Secretaria Estadual de Saúde) indicam que a Central de Regulação de Vagas, responsável por fazer encaminhamento de pacientes entre as unidades hospitalares dos municípios que fazem parte da macrorregião de saúde da Capital, possui atualmente 104 pacientes esperando abertura de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
A situação fica mais crítica ainda pelo desespero dos familiares que cobram atendimento digno aos seus familiares, mas “simplesmente eu não tenho onde por mais pacientes e por conta disso médicos e profissionais da saúde são ameaçados de morte por causa da situação colapsada, disse Drº Demetrius afirmando que a equipe medica e de profissionais está destruída, não aguentam mais trabalhar pelo ritmo estressante e intenso de jornada e pior, não encontramos médicos disponíveis para ampliar a equipe de atendimento, por isso peço a compreensão da população, pois nós estamos fazendo o possível para atender da melhor forma nossos pacientes mas existem situações que a gente se sente impotente por não ter o que fazer”, finalizou.