Home / Noticias / Rebanho livre da aftosa sem vacina
Publicada: 31/05/2021- 09h47

Rebanho livre da aftosa sem vacina

Com estados livres da febre aftosa, a ministra Tereza Cristina pensa em voos mais altos para o setor produtivo da carne.

Tereza Cristina em transmissão ao vivo com governadores - MAPA/DIVULGAÇÃO
Tereza Cristina em transmissão ao vivo com governadores – MAPA/DIVULGAÇÃO

Após o reconhecimento internacional de quatro estados brasileiros e de partes de outros dois como zonas livres de febre aftosa sem vacinação, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, já pensa em voos mais altos para o setor produtivo da carne.

Na semana passada, os estados do Paraná, do Rio Grande do Sul, do Acre, de Rondônia e de partes do Amazonas e de Mato Grosso foram reconhecidos internacionalmente como zonas livres de febre aftosa sem vacinação.

Ao todo, são mais de 40 milhões de cabeças que deixam de ser vacinadas, o que corresponde a cerca de 20% do rebanho bovino brasileiro, e 60 milhões de doses anuais de vacina que deixam de ser utilizadas, gerando uma economia de aproximadamente R$ 90 milhões aos produtores rurais.

O reconhecimento foi concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O Paraná também recebeu o reconhecimento como zona livre de peste suína clássica independente.

Após a assembleia da OIE, a ministra Tereza Cristina anunciou a conquista do setor e ressaltou o empenho dos pecuaristas brasileiros e de toda a cadeia produtiva das carnes bovina e suína em cumprir as normas sanitárias, e dos estados no fortalecimento dos serviços veterinários.

“O reconhecimento da OIE significa confirmar o elevado padrão sanitário da nossa pecuária e abre diversas possibilidades para que o Ministério da Agricultura trabalhe pelo alcance de novos mercados para a carne bovina e a carne suína do Brasil, assim como pela ampliação dos tipos de produtos a serem exportados aos mercados que já temos acesso”, disse a ministra.

Para realizar a transição de status sanitário, os estados e regiões atenderam requisitos básicos, como aprimoramento dos serviços veterinários oficiais e implantação de programa estruturado para manter a condição de livre da doença, entre outros, alinhados com as diretrizes do Código Terrestre da OIE.

O processo de transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação está previsto no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), conforme estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). A meta para que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa sem vacinação é até 2026.

“Esse reconhecimento impacta positivamente toda a cadeia produtiva do agronegócio. A parceria entre o serviço veterinário oficial e o setor produtivo tem sido a base fundamental para os avanços conquistados. Agora, o ministério segue com o desafio de manter a condição do País de livre da febre aftosa e de ampliar as áreas com reconhecimento de livre sem vacinação”, declarou o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, José Guilherme Leal.

Fonte: Correio do Estado