Covas lutava contra um câncer e chegou a se licenciar da prefeitura para tratar a doença, mas não resistiu
O prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), morreu neste domino (16.mai), vítima de um câncer. Com 41 anos, Covas estava internado desde o começo do mês após sentir efeitos do tratamento da doença.
Covas fazia tratamentos contra o câncer desde 2019. Inicialmente, ele foi diagnosticado com um tumor na região da cárdia – entre o estômago e esôfago. Neste ano, no entanto, foram constatados nódulos em outras regiões do corpo, como fígado e ossos.
Em abril deste ano, Covas chegou a ser internado por mais de 10 dias para tratamento de câncer. O quadro de saúde do prefeito havia apresentado melhoras, mas ainda havia a necessidade de continuação dos tratamentos. Em 2 de maio, ele anunciou licença do cargo por um período de 30 dias para poder se dedicar aos cuidados contra o câncer.
No começo do mês, Covas teve um sangramento na região do tumor e precisou ser intubado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Sírio Libanês. Um dia depois, o prefeito licenciado deixou a UTI, mas seguiu internado.
Na semana passada, um exame de endoscopia digestiva alta identificou um “discreto sangramento residual” no estômago do prefeito licenciado. Na ocasião, a equipe médica iniciou um tratamento local com radioterapia para controle do sangramento.
Quem foi Bruno Covas?
Nascido em Santos, litoral de São Paulo, é neto do ex-governador de São Paulo Mário Covas, o qual considera sua grande referência política. Divorciado, é pai de Tomás, 15 anos. Covas era formado em direito na Universidade de São Paulo (USP) e economia pela PUC-SP.
Desde 1997, Bruno Covas era filiado ao PSDB. Em 2003, assumiu a presidência estadual da juventude do partido. Em 2004, foi candidato a vice-prefeito de Santos. Dois anos depois foi eleito deputado estadual e conclui o mandato reconhecido pelo Movimento Voto Consciente como o parlamentar mais atuante daquela legislatura.
Foi reeleito novamente deputado em 2010, com a maior votação do Estado. No ano seguinte, assumiu a Secretaria do Meio Ambiente do governo do Estado de São Paulo, à frente da qual permaneceu até 2014, ano em que foi eleito deputado federal.
Deixou a Câmara dos Deputados para se dedicar exclusivamente à cidade de São Paulo em 2016, quando foi eleito vice-prefeito na chapa de João Doria. Além disso, o tucano na função executiva, acumulou a função de secretário das Prefeituras Regionais e, mais tarde, da Casa Civil. Em abril de 2018, assumiu como prefeito da capital, posto no qual seguiu até licenciar-se, após ter sido reeleito nas últimas eleições municipais.