13/07/2021- 07h58
Ação alcança sete municípios da região metropolitana com abrangência de mais de 1 milhão de sul-mato-grossenses.
Conforme o comandante do Policiamento Metropolitano, o coronel da PM, André Henrique de Deus Macedo, a primeira fase do programa será feita em Campo Grande e depois implantado nas cidades do interior do estado. Na Capital vai aumentar de 17 para 48 viaturas fazendo as patrulhas nas sete regiões da cidade, que serão divididas em 37 setores, para atendimento mais rápido e detalhado em cada local.
“Serão radiopatrulhas espalhadas pela cidade, com cada uma no seu setor, fazendo a ronda. Em caso de ocorrência, já iremos acionar a viatura da área, que assim fará um atendimento mais rápido no local”, explicou.
Além das 48 viaturas disponíveis no programa, ainda terá mais 7 veículos para Comando da Força Patrulha, 7 de Recobrimento Operacional e 1 para Supervisão Operacional. Caso a ocorrência da radiopatrulha precisar de reforço, poderá ser acionada ao local uma “rede de proteção”, como uma Força Tática, uma Unidade Especializada ou até o Batalhão de Operações Especiais.
Coordenação e monitoramento
Para coordenar as viaturas e tornar os atendimentos mais ágeis, haverá a coordenação dos veículos por meio de um Controle Operacional, que ficará na sede do Comando Geral da PM. Em uma sala haverá o monitoramento dos carros, acionando cada um quando houver ocorrência.
Neste mesmo local haverá a avaliação da situação. Nas ocorrências mais graves será enviado reforço para operação. Também foi criado um “Gabinete de Gestão de Crise”, em uma sala específica para organizar uma ação especial. “Muitas vezes uma ocorrência simples se torna mais complexa, como por exemplo quando se faz reféns na hora da prisão”, explicou Macedo.
Para melhorar a fiscalização e controle das atividades, o programa prevê mais oficiais nas ruas, que pela capacidade e experiência, vão qualificar este atendimento à população. Também está previsto que os policiais possam adotar medidas legais já no local do delito, como na formalização de Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), em crimes menores.
Participação da comunidade
Seguindo a filosofia da polícia comunitária, o programa quer a participação a comunidade no trabalho da PM, por meio de um contato maior com os conselhos comunitários de segurança e ampliação do disque-denúncia (181), onde os moradores poderão denunciar os crimes e delitos do seu bairro.
“Para facilitar este trabalho em conjunto, a intenção é evitar a troca de policiais do seu setor, já que assim facilita o contato com os moradores, além deles já terem conhecimento da área, pois vão atuar por longo período no local”, destacou Macedo.
Em função deste atendimento mais qualificado, a PM prevê treinamento e curso aos policiais, para dispor de “excelência” nas ações profissionais. Esta integração ainda vai contar com uma “padronização” visual em relação a uniformes, viaturas e estrutura dos batalhões. “O cidadão precisa identificar o policial”.
O programa ainda terá um cuidado com as condições de trabalho dos policiais, com atenção a sua saúde física e mental, que inclui a alimentação saudável durante o turno e até o acompanhamento quando o profissional estiver indo para reserva. “É um trabalho de muito stress e carga emocional, que precisamos cuidar desde a saúde do policial, até casos de depressão”, disse o comandante.