14/06/2023-21h29
Apenas um estabelecimento de Campo Grande realiza serviço de troca de combustíveis para Gás Natural Veicular
Nesta quarta-feira (14) o Governo de Mato Grosso do Sul anunciou um Plano de Controle da Poluição e de Desenvolvimento Tecnológico, com foco na migração para o Gás Natural Veicular (GNV), instalação que custa quase R$ 5,5 mil em Campo Grande e terá uma redução nas taxas de regularização.
Processo executado junto ao Departamento de Trânsito do Mato Grosso do Sul (Detran), estão previstas isenções de quatro taxas, que totalizam R$ 686,34, sendo elas:
- Código 2010: Vistoria Prévia – 2,13 UFERMS| R$ 100,96
- Código 3005: Autorização para instalação do Kit GNV – 1,98 UFERMS| R$ 93,85
- Código 2026: Vistoria Final – 4,25 UFERMS| R$ 201,45
- Código 2029: Inclusão da modificação do combustível no cadastro do veículo – 6,12 UFERMS| R$ 290,08.
Como destacou o diretor-presidente do Detran, Rudel Trindade Espíndola, migrar a frota estadual para o gás natural veicular é “fundamental” para o Mato Grosso do Sul, pelo cenário de aumento do consumo de gás boliviano, além de tratar-se de uma nova matriz energética a ser perseguida pelo Estado.
Estima-se que a medida atinja cerca de sete mil beneficiados, resultando numa desoneração que roda na quase de quase cinco milhões de reais (R$ 4,8 mi).
Vale apontar que, mais recente, houve o anúncio de benefícios implementados pelo governo do Estado, via MSGás e Secretaria de fazenda, que estimulam a busca por esse combustível limpo.
Ainda no mês de abril Eduardo Riedel anunciou o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) zero em carros convertidos para gás.
Mato Grosso do Sul já teve uma alta de 139% de veículos homologados com GNV, se comparados os primeiros sete meses de 2020 a 2022.
Números do Detran apontam quase cinco mil transições para GNV regularizadas nos últimos anos, sendo a migração da gasolina para gás natural o maior público alcançado, o que equivale a 3.636 das 4.792 mudanças registradas pelo órgão.
Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Informação, Jaime Verruk destaca as reduções da taxa do ICMS e demais incentivos na questão do IPVA, para estimular o uso de GNV, visando principalmente motoristas de aplicativos e taxistas.
“Por isso que a gente está fazendo até uma bonificação para esse grupo, e a ideia é que a gente continue ampliando o consumo de gás que favorece não só a MSGás, mas a importação, e cria essa possibilidade de ampliar”, disse.
Cenário local
Campo Grande tem hoje apenas um ponto convertendo carros para o gás natural veicular, localizado na R. Leônidas de Matos, 438, bairro Santo Antonio, a GNV Tech.
Nesse estabelecimento, o preço médio de uma instalação do kit de 5º geração está custando R$ 5,3 mil.
Dados do Governo apontam que 0,7% da frota estadual (cerca de 5 mil carros) possuem GNV, com oito postos abastecendo esse combustível e duas convertedoras em Mato Grosso do Sul.
Outro estabelecimento, a Sertec, encerrou as atividades de instalação de gás natural veicular no último ano, conforme o gerente de atendimento, “por diversos fatores”.
Sendo o 1º ponto de Campo Grande nesse segmento, iniciando os trabalhos ainda em meados dos anos 2000, o gerente explica que o movimente começou a decair principalmente após a pandemia.
Vendo tanto as conversões, quanto as demandas e busca por peças caindo, o grupo que se trata de um conglomerado de empresas optou por deixar o setor e atuar nas demais frentes, sem a chance de voltar a instalar GNV na Capital.
Fonte: Correio do Estado