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‘Febre’ dos consignados não solicitados chega a MS e provoca enxurrada de denúncias; saiba como evitar

05/10/2021- 11h42

Bancos depositam valor da 1ª parcela na conta da vítima, sem que ela tenha conhecimento do que se trata

Conferir extrato bancário semanalmente ajuda a evitar ser vítima desse tipo de golpeConferir extrato bancário semanalmente ajuda a evitar ser vítima desse tipo de golpe – Divulgação

Uma nova modalidade de golpe tem como vítimas aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e deposita dinheiro na conta do alvo como forma de isca. Esse tipo de crime virou ‘febre’ no país e chegou a Mato Grosso do Sul, gerando uma enxurrada de denúncias no Procon (Superintendência de Proteção do Consumidor).

Conforme dados do Procon, desde o início do ano já foram registrados 354 casos no Estado. Em todos esses casos, a pessoa denuncia que não solicitou o empréstimo, mas o banco começou a fazer cobranças.

Tudo começa quando um dinheiro inesperado cai na conta do cliente. A partir do momento que o usuário utiliza aquele valor, o empréstimo começa a valer e a vítima fica ‘presa’ em um consignado com taxas de juros abusivas que podem durar de 48 até 80 meses.

O CDC (Código de Defesa do Consumidor) proíbe o envio de produtos ou serviços para o consumidor sem sua solicitação. De acordo com lei, nos casos em que isso ocorre, o item passa a ser equiparado à amostra grátis. O Código também determina que valores cobrados indevidamente do consumidor devem ser restituídos em dobro.

Como evitar cair nesse tipo de golpe?

O superintendente do Procon-MS, Marcelo Salomão, explica que o primeiro passo, após verificar um depósito suspeito, é procurar o banco para pedir um estorno. “Se o banco não atender, procure o Procon”, alertou.

Ainda conforme Salomão, algumas dicas podem ajudar a evitar cair nesse tipo de golpe, confira:

  • Monitorar a conta semanalmente.
  • Tirar extratos.
  • Não passar senha para ninguém (exceto quem for de extrema confiança).
  • Prestar atenção nos depósitos que caem na conta.
  • Procurar o banco, imediatamente, ao verificar atividade suspeita.
Fonte: Midiamax