Publicada: 14/06/2021- 21h17
Campo Grande mudou por conta própria a bandeira de risco do município sem consultar programa Prosseguir ou governo Estadual
O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, informou que o comitê do programa Prosseguir juntamente com governo do Estado irão se reunir para discutir decisão do prefeito de Campo Grande que invalidou o decreto estadual que previa lockdown durante 15 dias devido estado crítico do município.
“Não vou tecer comentários sobre essa ação, o comitê do Prosseguir irá se reunir com o governo estadual para discutir o rompimento do compromisso do município com o Estado”, disse Resende.
Segundo o secretário, Campo Grande é um dos municípios que mais precisam de medidas restritivas severas para controlar a transmissão do vírus na Capital que encontra-se com seus leitos lotados e vacinação paralisada.
“Não acredito que o prefeito de Campo Grande vá quebrar o que construímos em todos esses meses de pandemia, Campo Grande está em um momento muito crítico para que seu governante tome essa decisão, sem leitos e sem vacinação, o que fizemos é para ajudar a população não atrapalhar”.
Na tarde desta segunda-feira (14), o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), decretou que as medidas restritivas adotadas na Capital voltem a ser as que estavam em vigor na semana passada, quando o município estava em bandeira vermelha, mesmo a cidade estando atualmente na bandeira cinza.
Desta forma, contrariando o decreto estadual, atividades consideradas não essenciais e que estavam proibidas de funcionar pelo prazo de 15 dias, poderão voltar ao funcionamento, desde que respeitando as normas de biossegurança.
A lei seca, que estava no rol de medidas do lockdown, também perde a validade na Capital.
O decreto municipal foi publicado nesta tarde, em edição extra do Diário Oficial.